O estresse é uma reação do organismo com componentes fisiológicos, psicológicos, mentais e hormonais que se dá pelo aumento da produção do hormônio cortisol pela glândula adrenal.
O cortisol é muito importante para a manutenção do ciclo sono vigília; seu pico normalmente ocorre pela manhã.
Esse hormônio não deve estar nem alto, nem muito baixo, porém, deve-se manter um equilíbrio em seus níveis. O cortisol é um hormônio importante na preservação da vida e da saúde.
O excesso de cortisol mantido causado por um estresse crônico, pode levar à diminuição de hormônios da tireoide, estrogênio, progesterona na mulher e níveis de testosterona no homem além de inúmeras reações em cadeia no seu organismo, já que se trata de um dos hormônios mais importantes no nosso corpo.
As mulheres podem ter sintomas como se estivessem na menopausa, devido à interferência do cortisol na produção de hormônios sexuais, os homens queda de libido, perda de forca, foco e concentração. Quando o cortisol tem queda em seus níveis, o sistema imune se enfraquece e a pessoa fica mais inflamada, podendo apresentar vários outros sintomas sistêmicos.
As alterações nos níveis de cortisol podem levar à Síndrome da Fadiga Crônica. Esta vem ocorrendo como se fosse uma pandemia em decorrência de vários fatores estressores: pressão no trabalho, violência urbana, trânsito congestionado, medo, estresse emocional, excesso de café e bebidas estimulantes, problemas financeiros, perda de emprego, perdas de entes queridos, história de traumas de infância ou bullying, entre outros.
Como parte importante do nosso sistema endócrino, temos as glândulas adrenais, que é responsável pelo nosso ciclo sono e vigília, imunidade, regulação do metabolismo dos carboidratos e ainda regula as reações que ocorrem em nosso corpo humano, por meio do estresse.
Dentre as queixas mais comuns no consultório no estresse agudo, em que temos aumento dos níveis de cortisol, destacamos: euforia, irritabilidade, insônia, queda de cabelos, palpitações, imunidade enfraquecida, sudorese noturna, unhas quebradiças, compulsão por alimentos doces e carboidratos.
Com o passar do tempo, esse estresse passa a se tornar crônico, as alterações clínicas podem durar meses, até que um dia o seu corpo entra em um processo de fadiga, exaustão. O cortisol, outrora elevado pelo estímulo da glândula adrenal, passa a ter seus níveis reduzidos devido a esse estado de fadiga.
Outro hormônio, conhecido como DHEA, produzido pela mesma glândula também decresce.
Essa queda de hormônios em nível crônico, faz com que o indivíduo apresente sintomas que atrapalharão em sua vida cotidiana, dentre eles podemos elucidar: queda da memória recente, dificuldade de concentração, falta de disposição para o dia dia. O corpo que antes se apresentava agitado e elétrico, agora apresenta cansaço e sonolência extrema e é muito confundido com os sintomas da Depressão.
Parece que quando o indivíduo dorme, o mesmo não acorda descansado. Apresenta irritabilidade no dia seguinte e sua produtividade no trabalho é baixa. Você fica louco para o dia acabar logo e sair do trabalho para ir para casa. À noite, o sono não aparece e seus níveis de energia se elevam nesse período. O indivíduo ainda apresenta diminuição de libido, com queda nos níveis de testosterona.
Como efeitos do estresse crônico, de acordo com um trabalho na Neuroscience o cortisol em excesso pode levar à atrofia de hipocampo no cérebro e à dificuldade de memória e concentração.
Muitos pacientes já passaram em diversos médicos especialistas com suas infinitas queixas, mas nenhum conseguiu desvendar a causa de seu problema. Esses pacientes fadigados podem apresentar dores musculares, muitos são taxados como pacientes com fibromialgia, depressão e foi prescrito relaxantes musculares, antidepressivos e anti-inflamatórios sem sucesso completo no tratamento.
Alguns sintomas menos comuns que podem ocorrer por essa alteração nos níveis de cortisol, em que há diminuição em seus níveis, dentre eles alergias ou problemas respiratórios anteriormente inexistentes, círculos escuros sob os olhos ´olheiras´ , compulsão por café ou bebidas estimulantes, dores nas articulações, pressão arterial baixa, desejo por alimentos salgados, dor de cabeça crônica, ganho de peso pelo cansaço e compulsão alimentar.
Nem todos os pacientes terão todos os sintomas descritos. Dentre os estilos de vida que favorece a Fadiga Adrenal estão o sono inadequado, pobre rotina alimentar, sentimento de impotência, perfeccionismo, excesso de atividades, falta de relaxamento.
Para elaborarmos um plano de tratamento é importante direcionar alguns pontos chaves:
Avaliação do Estresse Adrenal, se é agudo ou crônico, pode-se fazer a dosagem do cortisol no sangue e na saliva. Na saliva, podemos dosar o cortisol em três horários: manhã, tarde e noite e fazer uma curva do cortisol para melhor avaliarmos sua produção e onde está a deficiência ou excesso. É muito importante a dosagem do DHEA ou SDHEA para observar essa relação DHEA e Cortisol. O DHEA, também é alterado inicialmente em um estresse agudo.
Dentro dessa avaliação é essencial o controle do estresse oxidativo e inflamação crônica silenciosa não infecciosa, em decorrência do sistema imune alterado e de vários hormônios que possam sofrer alterações, o metabolismo precisa ser avaliado como um todo e alguns marcadores inflamatórios avaliados.
Fatores que ajudam no controle do estresse podemos destacar: Técnicas de meditação; Atividade física regulares; Integração da mente com o corpo com tai chi, yoga; Sono adequado; Suplementação medicamentosa, quando necessária e Dieta saudável e equilibrada
A Correção na dieta visa principalmente evitar o excesso de ingesta de carboidratos de alto índice glicêmico, alimentos orgânicos e sem aditivos, alimentar-se frequentemente em pequenas porções, a gordura é mais benéfica do que usar açúcar. Como regra geral, não ingerir frutas pela manhã.
Evitar realizar atividade física no período noturno, mas deve fazer atividades físicas regulares e acima de tudo dormir bem.
Prescrição de adaptógenos:
Os adaptógenos são reguladores metabólicos, de origem natural fitoterápicos, que têm a habilidade de adaptar o organismo a fatores estressores do ambiente e modular fisiologicamente os neurotransmissores, evitando danos causados por estes mesmos fatores. Procure um profissional que entenda de sua saúde, equilibrando seu corpo, sua mente e, principalmente que trabalhe dentro da linha da Medicina FUNCIONA